Não basta ser Diet, tem que ser Light

A pesquisa realizada pela Fiesp/IBOPE sobre o perfil do consumo de alimentos no Brasil apontou que 69% dos consumidores leem o rótulo das embalagens. A quantidade de calorias é a informação mais importante para 52% das pessoas, seguida pela quantidade de gordura (39%).

Eu já tinha abordado esse tema no texto que escrevi para o número 12 da Revista Rio Sport (Abr-Jul).

Reproduzo abaixo o conteúdo da coluna:

Não basta ser Diet, tem que ser Light

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos (Abiad), os produtos diet e light estão presentes em mais de 35% dos lares brasileiros. E o seu consumo só aumenta: de 1998 a 2008, o crescimento foi de 800%. No entanto, muitos ainda não sabem usá-los.

Pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), com pacientes com diabetes mellitus tipo 2, revelou que apesar dessas pessoas consumirem produtos diet e light com frequência, elas não têm o hábito de ler o rótulo, nem de controlar a quantidade utilizada. O estudo alerta que seu consumo excessivo pode interferir no controle glicêmico, com prejuízos à saúde.

A nutricionista Paula Barbosa de Oliveira, autora da pesquisa, ressalta que é necessário explicar o uso adequado de adoçantes e produtos dietéticos. Em primeiro lugar, deve-se saber a diferença entre diet e light: alimentos diet não possuem um dos nutrientes do produto convencional, como o açúcar, sódio ou gordura, e são indicados para dietas com restrições nutricionais específicas. Já o light é aquele que apresenta uma redução de, no mínimo, 25% do valor energético total ou de algum nutriente presente no produto convencional.

A atenção a essas informações é importante não só para os que fazem dieta com restrição alimentar, como os diabéticos, mas também para os que desejam perder peso. Um alimento diet não significa necessariamente ter menos calorias. O chocolate diet, apesar de não conter açúcar, tem praticamente a mesma quantidade de calorias do chocolate convencional, porque possui mais gordura, adicionada para preservar a consistência e torná-lo mais palatável.

Há que se estar atento, ainda, à quantidade de sódio dos alimentos. Outro estudo da USP aponta que o consumo diário de sódio pela população brasileira é de 4,5 g por pessoa, sendo que a ingestão máxima recomendada pela Organização Mundial da Saúde é de 2 g. Enlatados, embutidos, produtos industrializados em geral, temperos e molhos prontos que têm componentes com sódio no nome devem ser evitados. O consumidor deve ler atentamente as informações nutricionais nos rótulos dos alimentos para não ter surpresas em sua dieta.

E para quem tem restrição de doces na alimentação, segue a receita de Sorbet de Manga com Limão, que além de ser diet (sem açúcar), é de baixa caloria.

Fonte: Agência Estado, Folha de S. Paulo e Revista Veja

Sorbet de Manga com Limão

Rendimento: 4 porções (45 calorias por porção)

Ingredientes

1 manga madura média picada
5 colheres (sopa) de suco de limão
½ colher (sopa) de gelatina em pó
2 claras de ovos
1 colher (sopa) de adoçante culinário
Raspa da casca de limão para decorar

Modo de preparo

Bata a manga com duas colheres de suco de limão, no processador, até obter um purê. Dissolva a gelatina em três colheres de suco de limão e adicione à manga. Bata as claras em neve, acrescente o adoçante e bata um pouco mais. Misture levemente as claras à fruta e distribua em taças individuais. Cubra com plástico filme e leve ao congelador até que esteja firme. Antes de servir, deixe à temperatura ambiente por 5 minutos e decore com as raspas da casca de limão.

Fonte: Livro “Sobremesas Light – 50 Receitas Passo a Passo”, de Christine France